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Clínica do Leite

6 ferramentas para evitar conflitos com os empregados

6 ferramentas para evitar conflitos com os empregados

  Texto: Paulo Machado

Esta metodologia pode ser empregada em fazendas de todos os tamanhos. A implantação da mesma reduz o tempo para a realização dos trabalhos, porque acabamos tendo empregados com maior habilidade. Consequentemente, gastamos menos tempo de capacitação e monitoramento.

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Já passou por uma situação na qual vocês acham que determinado funcionário não está fazendo o trabalho da forma que vocês gostariam? Esta é uma causa muito comum de problemas nas fazendas produtoras de leite. Se isto ocorre com frequência, o produtor acaba por perder a confiança no empregado e o despede, ou este pede demissão, gerando resultados indesejáveis e maior custo de produção.

Como evitar que isto aconteça?

Descreva o trabalho das pessoas: uma das primeiras iniciativas é escrever a Descrição do Trabalho do funcionário. Nela, deve ser especificado a quem ele responde, as condições para que realize o trabalho, suas atividades principais e as secundárias, seu salário e benefícios, e seu horário de trabalho.

Defina os procedimentos operacionais: para as atividades principais deve-se ter claro os Procedimentos Operacionais, formalmente escritos onde se descreve os passos para a realização das tarefas que compõem a atividade, os materiais necessários para a execução da tarefa, o resultado esperado e o que fazer no caso de anomalias (acontecimentos fora do esperado).

Mostre o resultado que você espera: quanto ao resultado esperado, deve-se definir o seu Padrão Operacional. Na sua definição não tem sentido colocar termos como: bem feito, limpo, arrumado, em tempo, completo, etc. Deve-se, sim, mostrar por meio de fotos o que é limpo, por exemplo, como a figura 1, que mostra a limpeza de úberes. Com isso, o empregado saberá, claramente, o que se espera em termos de qualidade do seu trabalho. Além disso, é importante mencionar a quantidade de trabalho a ser realizado pelo funcionário, como, por exemplo, ordenhar tantas vacas por hora.

Capacite as pessoas: para se tornar um verdadeiro "Pelé" no trabalho, o funcionário deve ser Veja o artigo da Revista Leite Integral, de Julho de 2016 (“Como capacitar as pessoas de forma a que se tornem mestres no que fazem”).

Com estas duas iniciativas, Descrição do Trabalho e Procedimentos Operacionais, o funcionário capacitado saberá, claramente, o que se espera do seu trabalho e o que ele pode ou não fazer para atingir aquele resultado. Lembrando que ele é responsável por entregar o que se espera dele e, portanto, ele precisa ter autoridade sobre os meios. A responsabilidade passa a ser a “Missão” do funcionário. Pessoas que sabem qual é sua missão têm melhores condições para tomar decisões frente à uma anomalia e, com isso, são mais proativas e energéticas, entregando mais e melhores resultados.

Isto, no entanto, não é suficiente para evitar resultados indesejáveis. É preciso, também, acompanhar o trabalho.

Acompanhe o trabalho: diariamente, o responsável direto pelo empregado (seu supervisor) deve dar suporte ao trabalho, verificando se o empregado possui as condições para realiza-lo (por exemplo, fazendo um checklist da ordenha ou da máquina de alimentação) e dando as informações necessárias para o cumprimento da tarefa (listagem de animais a cobrir, a tratar, com o que, em que dosagem, etc.), aplicando as contramedidas às anomalias que apareçam e eliminando as barreiras para a execução das tarefas.

Ainda, diariamente, outro personagem, o gerente, deve fazer a perambulação pelo setor, verificando se as tarefas estão com seu fluxo normal e se existe alguma insatisfação ou mau comportamento dos empregados. Se houver, deve agir, imediatamente, acionando o supervisor, e corrigir a situação no ato.

Semanalmente, o gerente deve fazer uma reunião com os supervisores, identificando as anomalias crônicas e verificando se existe algum problema com os indicadores dos processos. Em havendo, deve chamar os envolvidos (o supervisor do setor e os demais empregados relacionados com o problema) e fazer um “Evento Kaizen” entre eles, dispensando os demais supervisores da reunião, conforme apresentado no artigo “13 Passos para resolver problemas e reduzir o desperdício na fazenda produtora de leite - evento Kaizen”, da Revista Leite Integral de junho de 2016.

Com isso, estaremos, não somente engajando os funcionários mas, também, formando times, onde cada empregado se vê como peça importante para se obter os resultados desejados. Neste estágio, a fazenda terá implantado uma cultura de melhoria imbatível. Este é o principal diferencial competitivo de qualquer negócio: pessoas energizadas, focadas em resultados, trabalhando em equipe.

Defina claramente onde se quer chegar: a manutenção da energia e união do time é alcançada por meio do entendimento do Propósito da fazenda. Lembrando que propósito é a razão de fazermos o que fazemos e, no caso da fazenda produtora de leite, deve ser o atendimento das necessidades da indústria/cooperativa processadora do alimento e a sobrevivência do negócio graças à uma boa saúde financeira. Para tanto, deve-se ter em mãos o Mapa da Produção anual, desdobrado até as metas quantitativas semanais (por exemplo número de vacas a inseminar, a cobrir, mortes, doenças, etc.). Estas metas se transformarão no ponto focal dos empregados e um dos principais fatores motivadores para a obtenção dos resultados desejados pelo produtor.

 Você deve estar pensando que tudo isso somente é possível de ser implantado em fazendas grandes com 10, 15, 20 empregados. Nada disso! Em fazendas pequenas, o processo é o mesmo, só que mais fácil, pois temos menos pessoas para capacitar. Vemos ainda que a implantação desta metodologia reduz o tempo para a realização dos trabalhos, porque acabamos tendo empregados com maior habilidade. Consequente, gastamos menos tempo de capacitação e monitoramento. Com isso, obtemos melhores resultados com menor custo.

 

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