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Sanidade

Levantamento pretende quantificar e qualificar o uso de antibióticos

Levantamento pretende quantificar e qualificar o uso de antibióticos

Texto: Cattle Health and Welfare Group

 Um projeto do Cattle Health and Welfare Group propõe a coleta de dados sobre o uso de antibióticos no Reino Unido. Resultados de uma revisão feita pelo Grupo destacam os benefícios significativos que dados precisos podem fornecer, como melhorar a forma como os antibióticos são administrados estrategicamente para combater doenças e evitar a resistência bacteriana.

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 Em uma nova revisão do Grupo de Saúde e Bem-Estar de Bovinos da Grã-Bretanha (CHAWG, da sigla em inglês) foi identificada uma abordagem prática para coletar dados sobre o uso de antibióticos nas fazendas do Reino Unido. Os resultados da revisão - anunciados pela primeira vez em 03 de novembro de 2015, em uma conferência conjunta realizada pelo Responsible Use of Medicines in Agriculture Alliance (RUMA) e o Veterinary Medicines Directorate (VMD) -, destacam os benefícios significativos que dados precisos podem fornecer, como melhorar a forma como os antibióticos são administrados estrategicamente para combater doenças.

Porém, o presidente do CHAWG, Tim Brigstocke, disse que também é importante que a indústria seja capaz de informar com precisão os níveis de uso de antibióticos, devido aos níveis crescentes de bactérias resistentes que ameaçam a saúde humana. “Descobrimos que, embora os dados já estejam armazenados em cada clínica veterinária e em cada livro de medicamentos da fazenda, esses dados atualmente existem em muitas outras formas”, explicou Brigstocke. “Eles também não são coletados ou comparados, e é ainda mais complicado pelo fato de muitos antibióticos serem aprovados para uso em múltiplas espécies”, afirmou.

“Isso significa que não podemos sempre ter certeza em qual tipo de animal um medicamento pode ser usado. Por exemplo, de 420 toneladas de substâncias antibióticas ativas autorizadas e vendidas no Reino Unido em 2013, somente 14 toneladas eram autorizadas somente para uso em bovinos. Entretanto, 63 toneladas tinham autorização para uso em múltiplas espécies de animais produtores de alimentos e, dentro dos 217 produtos incluídos nisso, 201 tinham autorização para uso em bovinos”.

Brigstocke disse que com o suporte do VMD, que solicitou a revisão e agora agirá como um secretariado, o CHAWG estabelecerá um grupo de trabalho para implementar as recomendações do relatório.

O ponto de partida provavelmente será um levantamento com os veterinários da Associação Britânica de Veterinários de Bovinos (BCVA), que fez parte da revisão. A Associação sugeriu que os veterinários podem estar usando até 15 diferentes softwares para registrar os dados sobre o uso de antibióticos, de forma que o CHAWG trabalhará com a BCVA e com clínicas individuais para avaliar como os padrões de grupos de dados podem ser anônimos e exportados.

O Grupo irá avaliar uma forma de apoiar os criadores de bovinos a migrarem os registros feitos no ‘livro de medicamentos’ da fazenda para uma planilha ou um software de manejo de rebanho, para ter uma agregação anônima a nível nacional.

“Há, sem dúvida, áreas onde podemos melhorar a eficácia de como usamos esses poderosos medicamentos para melhorar o bem-estar. Porém, o debate sobre resistência a antibióticos é emotivo e precisamos também demonstrar responsabilidade para garantir a preservação dos antibióticos para uso futuro em humanos e animais; quaisquer freios futuros no uso deverão ser avaliados e informados, e não comprometer o bem-estar animal”, afirmou o Grupo na revisão.

A notificação obrigatória na Europa pode estar próxima, e a Agência Europeia de Medicamentos tem focado, no último ano, no desenvolvimento de um método para coleta de dados sobre o uso de antibióticos no setor de suínos da UE. No Reino Unido, o VMD está encorajando os setores de pecuária a desenvolverem sistemas apropriados para suas circunstâncias e características únicas da indústria.

“É, dessa forma, de interesse dos próprios criadores de bovinos antecipar os tipos de dados que poderão ser solicitados no futuro e desenvolver uma forma de coleta que se adeque ao modo como funciona a indústria do Reino Unido”, disse Brigstocke. “Então, poderemos manter o controle sobre os dados e a metodologia, e garantir que a notificação seja precisa; e isso, por sua vez, ajudará o VMD a representar melhor nosso caso na Europa à medida que esse debate continua”, afirmou.

Através desse projeto, o CHAWG estará em contato com outros – como o setor de suínos – para garantir que os aprendizados sejam compartilhados, evitar duplicação de dados e alcançar a maior eficiência possível. “Estamos muito dispostos a ouvir outros setores que tenham experiência nessa área”, disse Brigstocke.

 

O relatório de revisão do CHAWG está disponível para download em www.chawg.org.uk.

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