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Novas perspectivas

MAPA sinaliza caminho de reconhecimento em relação à produção de leite proveniente de vacas A2A2 no Brasil a partir de ofício que autoriza a comunicação de origem na rotulagem dos produtos

Novas perspectivas

 Base Post Matérias 1274.png (2.10 MB)

 Autor: João Paulo Mello

 

Um passo importante foi dado no início deste mês no processo de regulamentação do leite proveniente de vacas A2A2 no Brasil. A partir de agora, a inclusão da denominação de origem desse tipo de leite nas embalagens dos produtos lácteos foi autorizada oficialmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O órgão, no entanto, condicionou essa inserção à comprovação técnica. Em outras palavras, isso quer dizer que para comunicar que o leite possui somente beta-caseína A2 é necessária a comprovação de genotipagem de animais A2A2 e origem do leite por meio de processos de rastreabilidade auditadas por programa de certificação.

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Segundo a médica veterinária e diretora do programa de certificações #bebamaisleite, o reconhecimento do leite A2 pelo Governo que vai agregar valor à cadeia leiteira nacional. bastante explorado e lucrativo. “Até então havia um limbo jurídico em relação a essa questão”, ressalta. No exterior como nos EUA e Austrália, o mercado de leite A2 já é bastante explorado e lucrativo.

Na decisão, o MAPA também propõe a discussão sobre a inserção de alegações como “leite de mais fácil digestão” na rotulagem, uma demanda do setor que facilitaria a comunicação e o entendimento sobre o que é o produto. “As pesquisas são recentes e o que temos, de fato, não diz respeito à funcionalidade e, sim, uma melhor digestão”, explica Helena. O leite A2 contém apenas caseína A2 em sua composição, o que o torna, naturalmente, mais fácil de digerir. Esse produto destina-se a pessoas que não têm intolerância à lactose, mas que se sentem mal após o consumo de leite e derivados.

Ele não se destina a crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV), salvo sob recomendação de médico alergista. Dada a relevância desse tema, está sendo proposta reunião entre a Abraleite (Associação Brasileira dos Produtores de Leite), Departamento de Produtos de Origem Animal do MAPA e Anvisa para abordar de maneira conjunta os próximos passos.

A Abraleite, entidade que encabeça esse movimento junto ao MAPA, também já está  solicitando para o leite A2 tratamento jurídico e de entendimento equitativo às regras de rotulagem dos produtos zero lactose, já que as semelhanças regulatórias são grandes. A demanda para a regulamentação de rotulagem do leite A2, que foi iniciada há dois anos, está sendo considerada pelo presidente da Abraleite, Geraldo Borges, como a primeira grande vitória do mercado para esse produto.

“Esta conquista é muito importante para a cadeia produtiva do leite. É um nicho de mercado que precisa ser bastante trabalhado”.

Roberto Jank Jr., diretor da Agrindus e dono da marca Letti a2, fazenda pioneira na produção e industrialização de leite A2 no país e primeira a receber o selo #bebamaisleite VACAS A2A2, destaca que a certificação do rebanho e do processo de obtenção desse leite de maneira rastreável é fundamental. “Ter a certificação de origem por meio das auditorias de terceira parte permite o reconhecimento pelo mercado de um produto diferenciado e superior que vai promover uma relação ganha-ganha para a indústria, produtor e consumidor”, conta Jank Jr., que também é coordenador da Comissão Nacional do Leite A2 da Abraleite.

 

PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO #BEBAMAISLEITE

O programa de certificação #bebamaisleite VACAS A2A2 é completo e indica que o leite ou derivado é proveniente apenas de vacas com genótipo A2A2 para a produção de beta-caseína. O selo é concedido a produtores e indústria pelo #bebamaisleite em parceria com a Genesis Group, empresa especializada em certificações, reconhecida nacional e internacionalmente, e com grande expertise no setor de alimentos, incluindo lácteos. Os processos são auditados e procedimentos são implementados para garantir a rastreabilidade, impedindo que haja mistura de leite com caseína A1.

Com a condicionante do MAPA, será preciso garantir que todos os processos para a obtenção e processamento do leite A2 sejam feitos dentro de protocolos que asseguram a rastreabilidade da fazenda até a indústria. É necessária a identificação e segregação do rebanho, a separação do leite e a higienização das linhas de ordenha na fazenda, assim como a correta estocagem, transporte e recepção na indústria.

Segundo Helena, além de contribuir para regulamentar a produção desse leite no país, o programa torna-se uma ferramenta de auxílio para o MAPA na fiscalização do processo.

 

 

JOÃO PAULO MELLO

Jornalista

Equipe Leite Integral

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