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Nutrição

Quanto mais, melhor!

A qualidade das pastagens nas fazendas leiteiras varia muito

Quanto mais, melhor!

Edição #93 - Dezembro/2016

QUANTO MAIS, MELHOR!

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A qualidade das pastagens nas fazendas leiteiras varia muito. Algumas, são simplesmente áreas cercadas que, por várias razões, são inadequadas para outras culturas, recebendo pouca ou nenhuma intervenção ativa - calagem, fertilização ou ressemeadura - e são continuamente pastejadas, sem separação em piquetes. Estas pastagens fornecem alguma forragem no início da estação - muitas vezes dominada por gramíneas nativas e espécies de ervas daninhas - mas a combinação de um clima mais quente, muitas vezes mais seco, somado ao sobrepastejo, logo mostra o seu preço. No verão, os animais, geralmente, precisam ser suplementados com feno ou silagem. O manejo moderno de pastagens inclui a semeadura de uma mistura melhorada de espécies (usando lavoura convencional ou práticas de plantio direto), aplicação de calcário e fertilizantes, como recomendado pela análise de solo, e divisão de áreas para permitir o pastejo rotacionado.

Selecione a espécie certa

Quando se trata da seleção de espécies forrageiras para pastagens, quanto mais, melhor! Uma pesquisa mostrou que uma combinação de espécies (e diferentes variedades dentro de uma espécie) resulta em maior rendimento e qualidade em diferentes condições.
Uma única espécie pode se sair muito bem sob um conjunto específico de condições climáticas e do solo. Por exemplo, as gramíneas de estação fria, muitas vezes, se sobressaem no início da primavera, quando as condições do solo são frias e úmidas. No meio do verão, o crescimento destas gramíneas, normalmente, diminuiu, mas as leguminosas, como o trevo branco e ladino, continuam produtivas.

"QUANTO MAIS ESPÉCIES E VARIEDADES DE FORRAGEIRAS FOREM INCLUÍDAS NA MISTURA DE SEMENTES, MAIS CONSISTENTE É O RENDIMENTO E A QUALIDADE DAS PASTAGENS EM TODAS AS ESTAÇÕES DO ANO."

Um trabalho de pesquisa envolveu a semeadura de várias combinações de gramíneas e leguminosas em terrenos replicados e, então, a observação do seu desempenho ao longo da estação de pastejo. Foram incluídas espécies únicas e misturas de sementes constituídas por até 10 espécies e variedades. A conclusão: quanto mais espécies e variedades de forrageiras incluídas na mistura de sementes, mais consistente é o rendimento e a qualidade em todas as estações do ano.
Embora, muitas vezes, recomendemos que os agricultores façam suas próprias misturas de alfafa, para permitir a seleção de variedades dentro da espécie (por exemplo, usando uma dáctila de maturação tardia com uma alfafa resistente a cigarrinhas), muitas das misturas vendidas pelas empresas de sementes contêm uma variedade muito boa de espécies de pastagens. Por exemplo, um produto de uma empresa de sementes desenvolvido para o manejo intensivo de pastagens contém não menos que 11 espécies: alfafa, dáctila, capim-amarelo, bromegrass do prado, erva-carneira, festuca vermelha, festuca do prado, bromegrass, azevém anual, grama-azul-do-kentucky, trevo branco e trevo ladino. Uau!

Melhorando as pastagens existentes

Às vezes, a terra é usada como pastagem porque não pode ser eficientemente utilizada para nenhuma outra coisa; ou é muito pedregosa ou muito montanhosa para fazer parte da rotação de culturas da fazenda. Mas, mesmo essas pastagens, podem ser melhoradas com a combinação de fertilização e roçagem. Uma pesquisa dos anos 50, da Universidade do Maine, envolveu pastos nativos que nunca tinham sido cultivados ou semeados. Verificou-se que, aplicando fertilizantes nitrogenados na primavera, e depois roçando as pastagens após o pastoreio, não só as espécies existentes se tornariam mais produtivas (e, portanto, levariam a um maior rendimento), mas também uma "mudança botânica" iria ocorrer.

O uso de fertilizantes nitrogenados favoreceu as espécies de maior rendimento que, ao longo do tempo, se tornaram competitivas para as espé- cies de menor rendimento, em alguns casos, "expulsando-as" para fora da pastagem. Portanto, a combinação de fertilização e roçagem resultou em melhorias a curto e longo prazo no rendimento e qualidade dos pastos nativos.

Até as pastagens precisam descansar

Hoje, a maioria das pastagens é manejada intensivamente, com o estabelecimento de espécies produtivas que são, então, consumidas no pastejo rotacionado. O pastejo rotacionado resulta em um piquete sendo pastejado, enquanto o restante da área de pastagem se recupera. Os sistemas que são baseados em períodos fixos de pastejo não são tão bons quanto aqueles que levam em conta o crescimento das forragens em cada piquete. Em comparação com o pastejo contínuo, o pastejo rotacionado resulta em uma produção mais consistente, maiores rendimentos e, muitas vezes, menos ervas daninhas. Gerencie suas pastagens plantando várias espécies de gramíneas e leguminosas de variedades melhoradas. Além disso, é importante melhorar o desempenho das pastagens com a utilização de fertilizantes, roçagem e pastejo rotacionado.

EV THOMAS é aposentado do Instituto de Pesquisa Agrícola William H. Miner e presidente da Oak Point Agronomics Ltd.

DAN WIERSMA é o gerente de negócios da DuPont Pioneer Republicação autorizada da edição de 16 de Novembro de 2016 da Hoard's Dairyman. Copyright by the W.D. Hoard and Sons Company, Fort Atkinson, Wisconsin, USA

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