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Fazendas, Nutrição, Sustentabilidade

A nata da pecuária leiteira: conheça a história da RC Genética (Cafelândia/SP)

A fazenda RC Genética, localizada em Cafelândia/SP, ocupa um lugar especial na movimentada agenda do empresário Rubens Câmara Júnior, que concilia suas atividades com as que desenvolve no Grupo AMB, sediado em Lins/SP e, mais recentemente, na empresa Laticínios Nata do Campo.

A nata da pecuária leiteira: conheça a história da RC Genética (Cafelândia/SP)

“Acredito que a maior força da pecuária leiteira está dentro da porteira. O maior desafio é olhar para fora, para o mercado. Este é meu ponto forte: a visão empresarial. Estou aprendendo a produzir, mas estou cercado de pessoas que são mestres nisso. Meu diferencial é essa visão da porteira para fora.” 

Essas palavras refletem a robusta visão de mercado do empresário Rubens Câmara Júnior. Sua experiência no mundo corporativo, especialmente na gestão do Grupo AMB, indústria com 800 funcionários, forneceu-lhe perspectiva financeira e de gestão que ele aplica nos negócios relacionados à pecuária leiteira. Para tanto, utiliza, na fazenda, os mesmos padrões de informação e controle que utiliza em sua indústria, trazendo disciplina financeira e foco nos resultados, que serão fundamentais no seu mais novo empreendimento – Laticínios Nata do Campo.

Um negócio que virou paixão


Rubens Câmara Júnior destaca a importância de aliar a força produtiva da fazenda com uma visão empresarial focada em resultados e disciplina financeira. 

Rubens Câmara Júnior nasceu em Santo André/SP, mas se mudou para Lins/SP, cidade natal dos pais, ainda criança. Cresceu em uma família com raízes no campo, descendentes de italianos que trabalhavam com hortaliças. O avô foi um dos responsáveis por nutrir em Rubens o apreço pela terra, mesmo que sua carreira inicial tenha seguido outro rumo.

Com formação técnica em Contabilidade e graduação em Administração com ênfase em Comércio Exterior, Rubens começou sua carreira em um grupo empresarial multinacional. Trabalhando desde os 15 anos, se destacou na área de operações financeiras, quando teve seu primeiro contato com o agronegócio, especialmente em negociações de commodities.

Depois de mais de uma década na área financeira, Rubens decidiu investir em uma propriedade rural. Em 2012, adquiriu o Sítio São José, inicialmente com o intuito de plantar seringueiras. Contudo, a atividade leiteira o atraiu mais, pela dinâmica e pelos desafios, o que o levou a mudar o objeto do investimento e a criar a RC Genética.

“Comecei a produzir de forma modesta, com 30 vacas leiteiras e uma estrutura de ordenha manual”, conta Rubens. Logo ele se envolveu com as exposições e os leilões de genética bovina na região, que tem forte tradição nesse setor. “A participação inicial parecia um golpe de sorte, mas rapidamente mostrou-se promissora, o que me incentivou a aprofundar meus conhecimentos e a aumentar o investimento em genética.”

A RC Genética nasceu da percepção do potencial do negócio. Rubens começou a adquirir animais de qualidade e a participar de competições. Seu antigo chefe e amigo, um criador da raça Gir Leiteiro, também foi uma influência significativa: “Ganhei dele duas bezerras da raça e uma delas tinha características genéticas muito impressionantes”. Foi a partir desse acontecimento que Rubens entrelaçou ao negócio a paixão.

A adrenalina das exposições e dos leilões trouxe de volta a emoção do mercado financeiro, porém aplicada de uma forma nova e envolvente. A possibilidade de selecionar e moldar as características desejadas no rebanho, como estatura, tipo de úbere e genética A2, tornou-se algo instigante.

Rubens explica: “Quando comecei, não tinha muita noção do tamanho do mercado de genética e de como era interessante. A paixão foi surgindo aos poucos. Todos esses anos, temos trabalhado fortemente na questão genética, vendendo bezerras e novilhas. No início, nossa produção de leite não era o forte; o foco era mais na genética. Não tínhamos tanta estrutura e ouvíamos muitas reclamações de quem produzia leite. Decidi que agregar valor com a venda de animais de alta qualidade genética seria o caminho”.

Com o tempo, Rubens não apenas ampliou seu rebanho, mas também melhorou a infraestrutura e as técnicas de manejo, transformando a RC Genética em referência na região.


A RC Genética comercializa animais de alta qualidade genética das raças Gir e Girolando.

O segredo do negócio

Nos últimos cinco anos, Rubens e sua equipe na RC Genética se dedicaram a expandir a produção de leite em larga escala, além de continuar investindo na genética. Esse período foi marcado por desafios e aprendizados significativos que impulsionaram a profissionalização da operação.

“Decidimos crescer a produção de leite em escala. Temos capacidade para 400 animais no sistema Compost Barn; hoje são 300 animais alojados e em produção e média diária de 32 litros por vaca”, comenta Rubens. “A ordenha, do tipo duplo 16, está preparada para ordenhar até 600 animais. Nosso rebanho é 80% da raça Girolando, que se adapta melhor ao clima quente e ao desafio do carrapato na nossa região.”

A infraestrutura da fazenda passou por melhorias substanciais para suportar o crescimento da produção. A adoção do sistema de Compost Barn permitiu um manejo mais eficiente e confortável para os animais, refletindo diretamente na produtividade. Além disso, a produção de alimentos volumosos na própria fazenda tornou-se prioridade, reduzindo a dependência de insumos externos e garantindo a nutrição adequada para o rebanho.

Para isso, foi instalado um pivô central para a produção de silagem de milho. Isso permitiu produzir consistentemente, mesmo com a instabilidade das chuvas na região. Rubens ressalta a importância dessa autossuficiência: “Produzir a alimentação para o rebanho foi uma mudança fundamental. Até então, comprávamos mais do que produzíamos. Agora, a maior parte do volume de alimentos vem da nossa fazenda, o que garante qualidade constante e redução de custos”.

A RC Genética também investiu na construção de uma fábrica de ração. Esse investimento permitiu maior controle da qualidade da nutrição dos animais. Essas iniciativas não só melhoraram a eficiência operacional, como também fortaleceram a sustentabilidade da RC Genética. Rubens acredita que a combinação de genética de alta qualidade e uma produção de leite bem estruturada é o melhor caminho.

A INFRAESTRUTURA DA FAZENDA PASSOU POR MELHORIAS SUBSTANCIAIS PARA SUPORTAR O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO. A ADOÇÃO DO SISTEMA DE COMPOST BARN PERMITIU UM MANEJO MAIS EFICIENTE E CONFORTÁVEL PARA OS ANIMAIS, REFLETINDO DIRETAMENTE NA PRODUTIVIDADE.


Com foco na expansão da produção de leite em larga escala e no bem-estar animal, o rebanho foi confinado no sistema Compost Barn, que contribui para o conforto e a alta produtividade do rebanho.



Como resultado da utilização do misturador e aproximador de comida DeLaval OptiDuo™, os animais consomem mais matéria seca, melhoram a ruminação e aumentam a produção de leite.

As pessoas são importantes

 Rubens é um firme defensor de que a cultura da empresa é construída pelas pessoas que a compõem. Ele próprio é fruto de um ambiente que valorizou seu desenvolvimento, e agora cria condições para que os seus colaboradores tenham a mesma oportunidade. A RC Genética tem um programa robusto de recursos humanos, focado na formação de líderes e no desenvolvimento contínuo dos funcionários.

O desenvolvimento de talentos internos é primordial para o crescimento sustentável da empresa, acredita Rubens. Ele explica: “A gente investe muito em pessoas. Temos programas internos de preparação de líderes, formação de mão de obra e treinamentos. Oferecemos incentivos para estudo, bolsas de graduação e pós-graduação e praticamente pagamos todos os treinamentos vinculados à área de atuação do colaborador.”

A RC GENÉTICA TEM UM PROGRAMA ROBUSTO DE RECURSOS HUMANOS, FOCADO NA FORMAÇÃO DE LÍDERES E NO DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO DOS FUNCIONÁRIOS.

Rubens vê esse investimento em pessoas como uma forma de devolver à sociedade o que ele mesmo recebeu, mas também reconhece que há forte componente empresarial nessa abordagem. Ele destaca que, na visão moderna de negócios, pensar em pessoas é crucial para o sucesso: “Para prosperar, é essencial valorizar as pessoas. Elas buscam propósito no que fazem, e empresas que atendem a essa necessidade estão sempre à frente”.




Rubens Câmara Júnior conta com a expertise de Bruno Rafael Moura, gerente administrativo da RC Genética, e de João Victor Coelho, gerente de marketing do Grupo AMB, na gestão dos negócios.

Sustentabilidade e inovação

Sustentabilidade é um conceito inserido nos valores da RC Genética. A utilização da fertirrigação, técnica que utiliza águas residuais ricas em nutrientes para irrigar lavouras e pastagens, já é realidade na propriedade. Essa prática aumenta a produtividade das culturas, melhora a qualidade dos alimentos, economiza fertilizantes químicos e melhora as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Além disso, o biofertilizante contribui para o saneamento ambiental e a reposição dos nutrientes consumidos na produção agrícola.


O consultor técnico comercial da dsm-firmenich, Ricardo Marostegan de Paula, e o gestor da Laticínios Nata do Campo, Tarlis Gregório, comemoram os bons resultados obtidos na redução da emissão de metano, advindos da utilização do Bovaer® na dieta dos animais.

PRODUZIR DE FORMA SUSTENTÁVEL É UMA RESPONSABILIDADE DE TODOS. A INCLUSÃO DO BOVAER® NO DIA A DIA DA FAZENDA REFLETE NOSSA VISÃO DE MERCADO E NOSSO COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE.

Outra iniciativa igualmente importante vem produzindo bons resultados. Foi introduzido na alimentação do rebanho o Bovaer®, aditivo que reduz a emissão de metano. Sobre essa iniciativa, Rubens declara: “Produzir de forma sustentável é uma responsabilidade de todos. A inclusão do Bovaer® no dia a dia da fazenda reflete nossa visão de mercado e nosso compromisso com a sustentabilidade”.

O consultor técnico comercial da dsm-firmenich, Ricardo Marostegan de Paula, afirma que “há mais de uma dezena de artigos científicos que comprovam a redução de 30% da emissão de metano com a utilização do Bovaer® na alimentação de vacas leiteiras, o primeiro aditivo registrado para redução de emissões no Brasil. Uma dose diária do produto, misturada à dieta das vacas leiteiras, reduz a emissão de metano entérico, sem impactos negativos em termos de produtividade e saúde”.

A partir desses investimentos, a RC Genética e o Laticínios Nata do Campo estão em processo de aquisição das seguintes certificações: Go Planet®, Vacas A2A2, Alimento Original, Alimento Seguro, Bem-Estar Animal e Produção Sustentável. Desenvolvidos por um grupo de especialistas do setor agropecuário em parceria com a Fair Food, os selos buscam fortalecer a cadeia produtiva, reconhecer práticas eficazes na redução de emissões de gases de efeito estufa e oferecer maior transparência ao consumidor. Mais uma prova do compromisso da propriedade com a promoção de práticas sustentáveis na atividade leiteira.

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Aponte a câmera do seu celular para o QR Code abaixo e saiba mais sobre o selo Go Planet®.

O laticínio é o futuro

Nos últimos dois anos, Rubens e sua equipe têm trabalhado intensamente para agregar mais valor ao produto final e entender melhor a posição do produtor de leite no mercado. Essa nova fase envolve a construção de um laticínio, que está prestes a ser concluída, marcando uma expansão significativa para a empresa.

Rubens explica: “Decidimos seguir para a frente da cadeia produtiva, aproveitando a alta gordura do leite que produzimos, proveniente de um rebanho Girolando bem consistente. Inicialmente, planejamos produzir leite tipo A e manteiga, mas ampliamos o portfólio para incluir iogurte, requeijão, queijo minas e creme de leite”.

A marca do novo empreendimento, Laticínios Nata do Campo, remete tanto à nobreza do produto quanto à sua origem natural e rica. “O nome reflete a nossa proposta de oferecer produtos saudáveis e frescos, direto do campo para a mesa do consumidor”, diz Rubens. “Também estamos comprometidos com a sustentabilidade e certificados com o selo Go Planet®, que reflete o nosso compromisso com a redução da emissão de metano.”

Embora o laticínio ainda não esteja em operação, a construção está na fase final, com previsão de conclusão nos próximos meses.

Além das novidades no portfólio de produtos, Rubens reafirma o compromisso com práticas sustentáveis, como o uso de biodigestores: “A fermentação dos dejetos em biodigestores não só contribui para a produção de biogás, uma fonte de energia renovável, mas também ajuda na fertirrigação, melhorando a qualidade do solo e economizando fertilizantes químicos. Esse é um projeto que está prestes a sair do papel”.


Com a conclusão do laticínio e a entrada em operação iminente, a RC Genética e a Laticínios Nata do Campo estão prontos para redefinir os padrões de qualidade e sustentabilidade na produção de leite e seus derivados, reforçando seu papel como líder inovador no setor.

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Com a conclusão do laticínio e a entrada em operação iminiente, a RC Genética e o Laticínios Nata do Campo estão prontos para redefinir os padrões de qualidade e sustentabilidade na produção de leite e seus derivados, reforçando seu papel como líder inovador no setor.



Equipe Revista Leite Integral - Adriana Vieira Ferreira


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