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Manejo, Sanidade

Conheça Mariana Brant, Médica veterinária formada pela UFMG e sócia da Consultoria Mais Leite

Médica veterinária formada pela UFMG e sócia da Consultoria Mais Leite, Mariana Brant atua diretamente nas fazendas, transformando a gestão da qualidade do leite e impactando a produção leiteira em Minas Gerais.

Conheça Mariana Brant, Médica veterinária formada pela UFMG e sócia da Consultoria Mais Leite

Há pouco mais de dez anos, a médica veterinária Mariana Brant decidiu seguir o desafio de criar o próprio negócio. E com um objetivo claro: transformar o cenário da produção de leite no que diz respeito à qualidade. O diferencial estava na abordagem prática e inovadora, que não se limitava aos desafios técnicos; buscava, antes, entender as necessidades de cada propriedade de forma holística. Desde o início, ela sabia que o verdadeiro sucesso dependia da tecnologia e do cuidado com as pessoas e com os processos. 

Conhecimento aplicado

Uma estratégia era clara: combinar conhecimento técnico com o envolvimento total das equipes nas fazendas. Mariana Brant Drumond Magalhães Dornas é uma das principais referências na área de qualidade do leite em Minas Gerais. Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mariana descobriu sua paixão por essa área durante sua participação no projeto de extensão universitária Unileite, onde se encantou pela dinâmica da produção de leite. “Eu sempre gostei do ambiente da pecuária leiteira e, ao participar do projeto, aprendi muito, especialmente sobre qualidade”, relembra. 

Essa paixão pela qualidade do leite norteou sua carreira desde o início. Ao sair da universidade, Mariana ingressou no Educampo SEBRAE – projeto que permite ao produtor ter acesso a informações gerenciais estratégicas que orientam o planejamento da produção de leite. Logo depois, assumiu a gerência de uma fazenda próxima à sua cidade natal, Itabira/MG. A oportunidade de expandir seus conhecimentos veio por meio de uma consultoria de qualidade do leite em parceria com a Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR). Mariana começou a trabalhar em fazendas na região central mineira. Esse trabalho evoluiu e, junto com sua sócia, Pâmela Furini, Mariana fundou a Mais Leite, uma empresa de consultoria com foco na gestão da qualidade do leite e na melhoria contínua das práticas nas fazendas.

O compromisso de Mariana com a qualidade do leite reflete a dedicação em sua jornada pela busca da excelência. Ela acredita que a qualidade do leite é essencial para a produção eficiente, para a saúde e para o bem-estar animal. 

Qualidade do leite na prática

A implementação de boas práticas no manejo contribui para a saúde dos animais e para o sucesso na produtividade leiteira. Mariana ressalta: “A qualidade do leite começa com o cuidado em cada etapa do processo, e a terapia de vaca seca é uma peça essencial nesse quebra-cabeça”. Esse procedimento oferece uma oportunidade importante para curar infecções preexistentes na glândula mamária e prevenir novos problemas durante o período seco. A técnica envolve a aplicação de antibióticos intramamários em doses específicas, voltadas para tratar as infecções e proteger a vaca em um momento delicado da lactação.

Embora a adesão à terapia de vaca seca seja amplamente adotada nas fazendas assistidas pela consultoria Mais Leite, a realidade é diferente nas propriedades que ainda não têm um acompanhamento técnico especializado. É comum encontrar fazendas que não utilizam a terapia de forma adequada, o que pode levar a infecções crônicas persistentes e ao aumento na Contagem de Células Somáticas (CCS), prejudicando a qualidade do leite e a saúde do animal. 

Quando implementada corretamente, a terapia de vaca seca não apenas reduz as infecções preexistentes, mas também previne a mastite clínica e subclínica no período pós-parto. Um dos erros mais comuns, segundo Mariana, é não fazer a secagem abrupta da vaca. “Ainda há uma cultura em algumas fazendas de esperar que o animal reduza muito a produção de leite antes de iniciar o protocolo. Isso, na verdade, aumenta os riscos de infecções, pois o animal pode estar com um caso clínico antes mesmo da aplicação do antibiótico”, explica. O correto é interromper a ordenha de forma repentina, garantindo que o antibiótico tenha a eficácia necessária no tratamento e na prevenção de novas infecções. 

Mariana Brant, sócia e gestora da Mais Leite, trabalha na implementação de práticas avançadas de manejo e qualidade do leite, impactando diretamente a produtividade e a saúde do rebanho 

A QUALIDADE DO LEITE COMEÇA COM O CUIDADO EM CADA ETAPA DO PROCESSO, E A TERAPIA DE VACA SECA É UMA PEÇA ESSENCIAL NESSE QUEBRA-CABEÇA

Além disso, a falta de higiene durante o procedimento é um erro frequente. Não higienizar adequadamente a ponta do teto antes da aplicação, bem como não usar luvas durante o manuseio, aumenta o risco de introduzir novas bactérias na glândula mamária. O uso incorreto da cânula do medicamento também é problemático: muitos ainda utilizam a cânula longa, o que eleva o risco de contaminação. “Quanto menos a cânula entrar no canal do teto, menor é a chance de levarmos infecções para dentro da glândula. O ideal é utilizar a cânula curta”, recomenda Mariana. 

Esses erros muitas vezes passam despercebidos no dia a dia, mas trazem consequências graves. A má aplicação dos antibióticos pode resultar em infecções no período seco ou logo depois do parto, comprometendo a saúde do animal e, em casos extremos, levando à perda de quartos mamários. 

Ademais, na escolha do antibiótico, é crucial levar em consideração o perfil dos agentes patogênicos presentes no rebanho. “Normalmente, os betalactâmicos são os medicamentos de escolha por abranger um espectro maior de bactérias que acometem o rebanho”, destaca Mariana. 

Esses medicamentos oferecem proteção prolongada – como o Orbenin® Extra Dry Cow, que garante até sete semanas de proteção da glândula mamária durante o período seco. No entanto, além da escolha correta do antibiótico, é igualmente importante garantir que os cuidados com a higiene e a técnica de aplicação sejam seguidos rigorosamente. Esses aspectos são críticos para evitar complicações e assegurar que a terapia seja eficaz, protegendo a vaca contra infecções e maximizando a saúde do rebanho. 

Importância do uso do selante 

O uso do selante de teto é uma prática indispensável no manejo da vaca seca, desempenhando papel fundamental na prevenção de novas infecções durante o período seco. Fisiologicamente, a vaca produz um tampão de queratina na ponta do teto, que age como barreira natural contra a entrada de bactérias. Contudo, a formação dessa barreira é lenta, especialmente em vacas de alta produção, que ainda podem estar produzindo entre 15 e 20 litros de leite no momento da secagem. “Nesse cenário, o selante se torna essencial para vedar o canal de forma imediata e impedir a entrada de bactérias”, afirma Mariana. 

O principal impacto do uso do selante ocorre em dois momentos críticos: logo após a secagem, quando o leite é represado e há uma grande pressão interna no úbere; e próximo ao parto, quando a produção de colostro aumenta novamente, elevando a pressão interna. Nesses períodos, o gotejamento de leite é comum, e o selante atua como uma barreira, prevenindo a entrada de bactérias e protegendo a glândula mamária. “Estudos indicam que a abertura do canal do teto é um dos principais fatores que facilitam a entrada de agentes infecciosos”, informa Mariana.

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Também o selante trabalha em sinergia com a terapia de vaca seca, ajudando na cura de infecções preexistentes e prevenindo novas infecções. “Nosso objetivo é que no mínimo 80% das vacas possam parir com CCS abaixo de 200 mil células/mL, sempre buscando melhorar esse indicador”, explica Mariana. O selante deve ser aplicado depois do antibiótico intramamário. O garroteamento adequado garante que ele permaneça na ponta do teto, sendo expelido naturalmente nas primeiras ordenhas sem comprometer a saúde da bezerra ou a qualidade do leite. 

“É importante mencionar a terapia de vaca seca seletiva, pois é uma prática que está sendo cada vez mais implementada. Esse método visa à redução do uso de antibióticos, o que se alinha com a tendência atual de uso racional, especialmente no contexto da resistência antimicrobiana. Em casos muito bem planejados e técnicos, é possível não utilizar antibióticos intramamários. Nessas situações, o uso do selante torna-se ainda mais essencial, já que ele atua como a principal barreira física contra infecções”, pondera Mariana. 

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Palavra final

“A secagem abrupta é fundamental: não deve haver falhas de ordenha ou redução gradual da produção. Quando o animal está produzindo menos de 15 litros, a aplicação do protocolo completo – que inclui a desinfecção adequada do teto com álcool 70 –, a aplicação do antibiótico intramamário e o uso do selante de teto são ações seguras e eficientes. O selante atua como uma barreira física importante, prevenindo a entrada de bactérias durante o período seco.

No entanto, o trabalho não termina com a secagem. Nos 15 dias seguintes, é fundamental monitorar os animais, observando qualquer inchaço ou alteração no úbere. Além disso, logo após o parto, é necessário avaliar a eficiência da terapia por meio da análise individual da CCS, garantindo que o antibiótico utilizado tenha sido eficaz. Não podemos seguir recomendações genéricas. É importante rastrear todo o processo, desde a higiene e limpeza até a aplicação e avaliação do antibiótico. A eficácia do tratamento depende não apenas do medicamento, mas de um conjunto de práticas adequadas ao longo de todo o processo”, conclui Mariana.


Autora - Adriana Vieira Ferreira


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Adriana Vieira Ferreira

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