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Gestão, Notícias

Mercado em expansão e preços firmes marcam os últimos meses de 2024

O mercado de leite no Brasil apresenta sinais de recuperação, com expectativas favoráveis para os últimos meses do ano.

Mercado em expansão e preços firmes marcam os últimos meses de 2024

De acordo com a Pesquisa Trimestral do Leite, divulgada em 5 de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção no primeiro semestre de 2024 atingiu 12,0 bilhões de litros, um aumento de 2,2% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento poderia ter sido ainda mais expressivo, não fosse o impacto das trágicas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. 

Além disso, o Brasil manteve forte atividade nas importações de leite em pó integral ao longo de 2024. Entre janeiro e julho, houve uma redução de 4,3% nas compras externas em relação ao ano anterior, período em que o país registrou volumes recordes de importação. Apesar dessa leve queda, o mercado internacional continua a fornecer volumes significativos, o que aumenta a oferta interna. 

Preços nas gôndolas seguem firmes

Mesmo com o aumento da disponibilidade de leite, os preços nas prateleiras não recuaram. De janeiro a agosto de 2024, o valor do leite UHT subiu de R$4,98/litro para R$5,90/litro, uma valorização de 18,5%. Esse comportamento contrasta com 2023, quando os preços caíram 2,2% no mesmo período. 

O queijo mussarela e o leite integral também apresentaram um movimento semelhante. Em agosto de 2024, os preços subiram 2,3% e 0,6%, respectivamente, em relação a janeiro. No ano anterior, o cenário foi de retração: queda de 2,0% para a mussarela e 2,3% para o leite integral. 

Conforme ilustrado na Figura 1, o preço do leite longa vida no varejo paulista vem se recuperando gradualmente na comparação anual, o que reflete uma absorção positiva pelo consumo interno.

Expectativas para o segundo semestre

O cenário macroeconômico também contribui para uma visão otimista no restante do ano. O desemprego no Brasil atingiu seu menor nível desde 2015, registrando 6,9% em agosto, segundo o IBGE (Figura 2). A combinação de menor endividamento das famílias, criação de empregos temporários e o tradicional pagamento de décimo terceiro salário tende a aumentar o poder de compra nos últimos meses do ano.

 

A COMBINAÇÃO DE MENOR ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS, CRIAÇÃO DE EMPREGOS TEMPORÁRIOS E O TRADICIONAL PAGAMENTO DE DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO TENDE A AUMENTAR O PODER DE COMPRA NOS ÚLTIMOS MESES DO ANO

Essa melhoria nas condições econômicas, aliada ao histórico de aumento no consumo nesse período, reforça as projeções de um mercado aquecido. A intenção de consumo das famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), já indica uma tendência de crescimento nos últimos meses do ano (Figura 3). 

Com base nesses fatores, as perspectivas são especialmente positivas para os produtos de maior valor agregado, que devem ganhar ainda mais espaço nas gôndolas.


Autora - Juliana Pila / Zootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria


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