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Nutrição

Nutrição mineral e imunidade da glândula mamária

Nutrição mineral e imunidade da glândula mamária

Rodrigo Souza Costa - Médico Veterinário, Mestre em Zootecnia - Gerente de Bovinos de Leite da Tortuga

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Introdução

 No contexto atual da pecuária leiteira, a qualidade do leite é um critério importante para a dife-renciação no pagamento. Alguns dos parâmetros que definem essa diferenciação são a contagem de células somáticas (CCS) e o teor de proteína.

A obtenção de leite com níveis adequados dessas duas características deve levar em conta práticas relacionadas à sanidade do rebanho, eficiência no manejo de ordenha, manutenção de equipamentos, melhoramento genético e nutrição.

No que diz respeito à nutrição mineral, alguns fatores estão relacionados à menor CCS:

 

Sistema Antioxidante Celular

 A degradação celular, em função da idade, pode ser acelerada em situações de stress. Nesses casos, com a formação dos radicais livres ocorre destruição celular. Esses eventos promovem efeitos deletérios nas mucosas, tornando as mesmas mais susceptíveis à ação antigênica.

Para evitar a formação dos radicais livres e minimizar seus efeitos é sugerida a suplementação com vitamina E. No entanto, a suplementação de micro-minerais como zinco, cobre e selênio também é importante. A ação desses elementos na ativação de enzimas como a super-óxido dismutase e a glutationa peroxidase evitam a formação de peróxidos de hidrogênio e, conseqüentemente, de radicais livres.

 

Suplementação mineral

 O papel dos minerais na imunidade da vaca leiteira ficou definido na década de 1990. WEISS (1990) em levantamento realizado em várias fazendas observou que, quanto maior o nível sérico de selênio e de alfa-tocoferol nas vacas, menor a incidência de mastite clínica. No mesmo sentido, GRASSO (1990) observou que o poder assassino dos neutrófilos de vacas suplementadas com selênio era maior, comparado com o observado em vacas alimentadas com dietas deficientes nesse mineral. HOGAN (1990) observou que, em animais com altos níveis séricos de selênio e vitamina E, houve maior eficiência na morte de cepas de E. coli e Spaphylococcus aureus.

Em relação ao cobre,

Arthington (2006) sugeriu que o alto nível sérico deste elemento melhora a contagem de neutrófilos, mas não conseguiu estabele-cer relação entre esse elemento e o poder assassino dos mesmos.

Em relação ao zinco, Charise (1991) observou maior capacidade de recuperação de enfermidades em animais suplementados com esse elemento, sugerindo importante participação do mesmo na função dos linfócitos no combate à ação antigênica.

Nesse sentido, minerais na forma orgânica são opções eficazes para atender às necessidades de animais de produção. Esses minerais, que estão ligados a uma estrutura orgânica, apresentam maior biodisponibilidade. Ortman (1999) observou que a absorção do selênio na forma orgânica ou inorgânica é similar. No entanto, a excreção do selênio em animais suplementados com a forma orgânica foi menor, sugerindo assim, maior capacidade de retenção.

Em relação ao cobre, a suplementação do mesmo na forma de óxido não afetou os níveis séricos do mesmo, e não aumentou a atividade da ceruroplasmina, enzima cupro-dependente. Por ou-tro lado, a suplementação de cobre na forma orgânica melhorou a biodisponibilidade, principalmente em situações de stress.

Da mesma forma que o cobre, a suplementação com zinco orgânico levou a menor excreção renal desse micromineral, apesar de apresentar absorção semelhante (KINCAID, 1997).

 

Aplicação da tecnologia

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O uso de minerais na forma orgânica é uma ferramenta para controle da CCS, sendo que a literatura cientifica relata esse efeito. Nesse sentido, foi realizado na USP – Pirassununga, um trabalho relacionando o efeito do zinco, cobre e selênio na CCS (Tabela 2). •

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