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Nutrição

Pasteurização do leite de descarte: Como alcançar a máxima eficiência

Pasteurização do leite de descarte: Como alcançar a máxima eficiência

Equipe Leite Integral

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O leite de descarte (leite de transição e de vacas com mastite) não-pasteurizado, usado na alimentação de bezerras, representa um risco potencial para a disseminação e ocorrência de doenças na propriedade.

As fontes dos microrganismos presentes no leite de descarte incluem as bactérias causadores de mastite, além daquelas presentes nos tetos e nos equipamentos de ordenha mal higienizados. Além disso, a demora na refrigeração desse leite após a ordenha permite que as bactérias presentes se multipliquem rapidamente, aumentando ainda mais os níveis contaminação.

É importante ter em mente que não existem níveis “seguros” de contaminação para o leite de descarte. O nível de exposição às bactérias que as bezerras podem suportar, depende muito do seu estado geral de saúde e nutrição, da presença de agentes estressantes no ambiente, assim como dos tipos  específicos de microroganismos presentes no leite de descarte. 

Em geral, a pasteurização é bastante efetiva em reduzir o número de bactérias presentes no leite (Tabela 1). Entretanto, é importante ter em mente que as toxinas produzidas pelas bactérias, bem como os resíduos de antibiótico presentes no leite de descarte, não são destruídos pelo processo de pasteurização. Além disso, leites com altas contagens bacterianas antes da pasteurização, podem continuar apresentando quantidades excessivas de bactérias após a pasteurização. Outras causas de insucesso no processo, incluem problemas no equipamento, ou erros de operação do mesmo, que façam com que o tempo e/ou a temperatura adequada de pasteurização não sejam alcançados; bem como a inadequada higienização do pasteurizador.

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Mesmo que a pasteurização seja feita corretamente, e que o leite resultante apresente baixos níveis de contaminação, o número de amostras que continuam adequadas diminui bastante no tempo decorrente entre a pasteurização e o fornecimento às bezerras (Tabela 2). Nesse mesmo trabalho, os pesquisadores observaram que, no caso dos Staphylococcus e Steptococcus ambientais, as contagens bacterianas no momento de fornecimento às bezerras foram mais altas que aquelas pré-pasteurização.

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Esses resultados indicam que pode ocorrer uma re-contaminação do leite entre o fim da pasteurização e o momento do fornecimento às bezerras. A pasteurização não é uma esterilização, e algumas bactérias sobrevivem ao processo; essas bactérias podem se multiplicar rapidamente no leite não refri-gerado. As causas potenciais de re-contaminação do leite pasteurizado incluem:

- longo tempo entre a pasteurização e o fornecimento, permitindo a multiplicação bacteriana;

- ausência de refrigeração no tempo entre a pasteurização e o fornecimento;

- estocagem do leite pasteurizado em recipientes abertos, permitindo a contaminação do mesmo pela poeira, esterco e outras fontes;

- inadequada limpeza e higienização do pasteurizador e dos utensílios utilizados para fornecer o leite às bezerras;

 

Conclusões e Recomendações:

 

- A pasteurização do leite de descarte pode produzir um alimento adequado para fornecimento às bezerras.

- É essencial monitorar a qua-lidade microbiológica do leite de descarte após a pasteurização, pelo menos, 4 a 6 vezes ao ano.

- O pasteurizador, bem como os utensílios utilizados para o fornecimento de leite, devem estar sempre limpos e higienizados.

- Se houver um aumento atípico nos casos de diarréia, o leite de descarte, bem como a eficiência do pasteurizador, devem ser avaliados. •

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