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Pastagens

Manejo de pastagens de clima tropical

Manejo de pastagens de clima tropical

O manejo do pastejo é uma extraordinária ferramenta de intensificação da atividade leiteira, uma vez que, por meio de práticas adequadas, de baixo custo, incrementos significativos em produção e produtividade têm sido alcançados. A combinação entre frequências e severidades de pastejo condiciona a diferentes respostas nas características produtivas e qualitativas da planta forrageira, de modo que o entendimento dessas interações possibilita alcançar alta produção e colheita de forragem, maximizando o desempenho animal.

 

Introdução

Em 2050, a população mundial deverá atingir 9,3 bilhões de habitantes, e chegar associada com a elevação progressiva da renda “per capita” de países emergentes como Brasil, China, Índia e Rússia. A combinação desses dois fatores certamente aumentará a demanda por alimentos, incluindo produtos de origem animal.

A maior procura exigirá uma maior oferta, que deverá ser suprida pela expansão das áreas de produção e, especialmente, por melhorias nos índices produtivos da pecuária mundial. No entanto, a primeira alternativa (expansão de áreas) geralmente envolve o desmatamento de florestas e/ou ocupação de áreas agrícolas em ecossistemas frágeis e facilmente perturbáveis, o que tem sido alvo de constantes questionamentos por parte da sociedade civil e acadêmica. Assim, a alternativa que parece mais razoável para atender à crescente demanda seria aumentos em produtividade, o que envolve a intensificação dos sistemas de produção já existentes, ou seja, suprir a necessidade de alimentos da população mundial deve vir da máxima utilização de cada unidade de recurso produtivo. Isso implicará em um manejo mais profissional do sistema, com o gerenciamento cuidadoso de todas as fases do processo, desde aspectos administrativos e custos até o manejo adequado do complexo pastoril.

Nesse sentido, o manejo do pastejo tem demonstrado ser uma extraordinária ferramenta de intensificação, uma vez que, por meio de práticas adequadas, de baixo custo, incrementos significativos em produção e produtividade têm sido alcançados. A combinação entre frequências e severidades de pastejo condiciona a diferentes respostas nas características produtivas e qualitativas da planta forrageira, de modo que o entendimento dessas interações possibilita alcançar alta produção e colheita de forragem, maximizando o desempenho animal.

Sendo assim, o objetivo desse texto é discutir práticas de manejo que visem à intensificação da produção de leite a pasto, por meio de técnicas que garantam alta produtividade animal, com a manutenção do ecossistema estável e produtivo.

 

O processo de acúmulo de forragem em pastagens

 

Lotação intermitente

Estudos recentes realizados com importantes plantas forrageiras tropicais como a Brachiaria brizantha, cultivares Marandu e Xaraés, e o Panicum maximum, cultivares Mombaça e Tanzânia, dentre outras, onde a estrutura do dossel e, ou, seu padrão de variação, foram cuidadosamente monitorados, têm gerado uma quantidade grande de informações e conhecimentos acerca das respostas de plantas forrageiras e animais às estratégias de pastejo. De uma maneira geral, o conceito de IAF crítico, condição na qual 95% da luz incidente são interceptados, originalmente descrito e aplicado com sucesso em plantas de clima temperado, demonstrou-se efetivo e válido também para o manejo de gramíneas tropicais sob lotação intermitente, uma vez que mostrou relação análoga com variáveis como acúmulo de forragem, especialmente de folhas, composição morfológica do acúmulo e valor nutritivo da forragem produzida.

No caso de lotação intermitente, experimentações recentes, com base no controle estrito das condições e/ou estrutura do dossel forrageiro na entrada e saída dos animais dos piquetes (pré e pós-pastejo), têm revelado resultados bastante promissores para a melhoria e refinamento do manejo do pastejo dos capins mombaça, tanzânia e marandu. Pesquisadores avaliaram o capim- mombaça sob pastejo rotativo, caracterizado por duas alturas de resíduo (30 e 50 cm) e duas condições de pré-pastejo (95 e 100% de interceptação de luz pelo dossel), em Araras, SP. Os resultados demonstraram a consistência do critério de interrupção do processo de rebrotação aos 95% de interceptação de luz, e o efeito benéfico de sua associação com um valor de altura de resíduo mais baixo, condizente com a necessidade da planta em manter uma área foliar remanescente mínima e de qualidade para iniciar seu processo de rebrotação e recuperação para um próximo pastejo (Figura 1).

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De uma forma geral, a maior produção de forragem foi registrada para o tratamento de 30 cm de resíduo e 95% de interceptação de luz, com redução acentuada em produção quando o período de descanso era mais longo (100% interceptação de luz) ou o resíduo mais elevado (50 cm). A redução em produção de forragem foi conseqüência do processo acelerado de senescência foliar, resultante de maior competição por luz sob aquelas condições, o que também favoreceu maior acúmulo de colmos, resultando em redução na proporção de folhas e aumento na proporção de colmos e material morto na massa de forragem pré-pastejo (Figura 1). As condições de pré-pastejo de 95 e 100% de interceptação de luz apresentaram uma correlação muito alta e consistente com a altura do dossel (horizonte de folhas), independentemente da época do ano e do estágio fisiológico das plantas (vegetativo ou reprodutivo – 90 cm para 95% e 110 cm para 100%), indicando que a altura poderia ser utilizada como critério de campo confiável para o controle e monitoramento do processo de rebrotação e pastejo.

Outro trabalho foi realizado com capim-tanzânia, em Campo Grande, MS. Como condições de pré-pastejo foram utilizados 90, 95 e 100% de interceptação de luz pelo dossel, e como condições de pós-pastejo 25 e 50 cm de resíduo (Tabela 1).

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Os resultados apresentaram um padrão bastante interessante de resposta, no qual os tratamentos com 90 e 95% de IL não diferiram significativamente no processo de acúmulo de folhas. Isso abre uma oportunidade de reflexão bastante interessante sobre a possibilidade de existir uma amplitude de alturas de manejo em lotação rotacionada na qual a altura em que o pasto intercepta 95% da radiação incidente possa ser considerada a altura máxima de pastejo. Já para a condição de 100% de interceptação de luz, a menor produção foi resultado da ocorrência exacerbada do processo de senescência e morte de tecidos. Além de resultar em menor produção de forragem, com menor proporção de folhas e maior proporção de colmos e material morto, pastejos menos freqüentes, caracterizados pela condição de 100% de interceptação luminosa, resultaram em elevação da meta de resíduo de 25 cm (até 40 cm), como conseqüência do acúmulo excessivo de colmos. Assim como para o capim-mombaça, os intervalos entre pastejos variaram com os tratamentos e épocas do ano (24 a 150 dias), com os maiores valores registrados para os tratamentos de 100% de interceptação de luz durante os meses de outono e inverno. As condições pré-pastejo de 90, 95 e 100% de interceptação de luz apresentaram, também, uma correlação muito alta e consistente com a altura do dossel (horizonte de folhas), independentemente da época do ano e do estágio fisiológico das plantas (vegetativo ou reprodutivo – 60 cm para 90%, 70 cm para 95% e 85 cm para 100%), mais uma vez indicando e ratificando o fato de que a altura poderia ser utilizada como critério de campo confiável para o controle e monitoramento do processo de rebrotação e pastejo.

Resultados mais recentes com capim-marandu, submetido a estratégias de lotação intermitente, mostraram, novamente, que o momento ideal da interrupção da rebrota desse capim esteve sistematicamente associado ao ponto em que o dossel interceptava 95% da luz incidente, e que este correspondeu a uma altura aproximada pré-pastejo de 25 cm, associada à uma altura de resíduo de 15 cm, sugerindo que o manejo do pastejo desse cultivar deva ser realizado segundo uma frequência e uma intensidade maior de pastejo que as normalmente utilizadas.

Esses resultados nos mostram que condições de baixas frequências de pastejo (100% de IL) não se justificam, em função da mudança que ocorre na composição morfológica, estrutural e química do dossel forrageiro, além do desperdício de tempo necessário para o próximo pastejo, e menor produção de MS de lâminas foliares por hectare. Além disso, nos indicam que, utilizando a IL (altura) como critério, pode existir um ponto abaixo de 95% de IL que flexibilize o manejo da planta forrageira também em pastejo intermitente, principalmente com severidades de desfolha moderadas, sem prejuízos para a planta ou o animal.

 

O manejo do pastejo como condicionador do valor nutritivo e qualidade da forragem

A composição morfológica é um dos principais fatores norteadores dos atributos qualitativos da forragem ingerida pelo animal. Lâminas foliares são de melhor qualidade, quando comparadas a frações colmo e material morto, pois são tecidos com maiores concentrações de proteínas e menores de fibras. Isso significa dizer que, não só do ponto de vista produtivo, mas também nutricional, manejos que preconizem a produção de folhas, em detrimento à de colmos, são desejáveis.

Conforme mostrado anteriormente, o manejo do pasto, quando esse atinge a condição de 95% IL tem sido indicado como um bom norteador, pois esse é o ponto no qual a produção líquida de forragem é máxima e o material acumulado é composto por maiores proporções de folhas. Além desse ponto, os componentes morfológicos, colmo e material morto, passam a ter maiores participações, reduzindo assim a qualidade do material acumulado. Então, ao se optar pela frequência de 95% IL, não só se produz mais forragem, como, teoricamente, se obtém um material de melhor qualidade.

Cabe ressaltar, entretanto, que a maioria dos trabalhos que indicam essa frequência de pastejo (95% IL), como uma ferramenta condicionadora da qualidade, está normalmente associada com resíduos fixos (e.g. IAF residual, disponibilidade de forragem) de pastejo. Isso abre uma janela interessante para reflexão, quando se pensa em proporção de desfolha, pois os resíduos normalmente assumidos e tidos como melhores estão, em geral, associados com um rebaixamento de aproximadamente 50% da altura inicial. Sendo assim, o pastejo menos frequente (100% de IL) teria que remover uma maior proporção de forragem, quando o resíduo é muito baixo, obrigando o animal a consumir materiais menos atrativos e de menor valor nutritivo.

Ao longo do rebaixamento de um pasto, a ingestão de forragem tem seus padrões alterados devido a uma série de fatores relacionados à estrutura da forragem. Dentre os componentes morfológicos, o colmo é aquele que mais restringe o processo de ingestão, devido à barreira física que o mesmo impõe sobre o pastejo.

Assim, avaliando o comportamento ingestivo de bovinos em pastos de sorgo forrageiro, observou-se que, a partir de aproximadamente 50% de rebaixamento da altura inicial, a velocidade de ingestão caiu drasticamente (Figura 2). Esse resultado pode ser explicado, em grande parte, pela significativa presença de colmos na metade inferior da pastagem. Estudos recentes com capim-aruana e azevém anual, mostraram que, independente da espécie forrageira e da altura inicial do pasto, aproximadamente 90% de todo colmo concentra-se na primeira metade do pasto, comprovando que a presença desse componente é um complicador no processo de apreensão e captura de forragem (Figura 3). Com severidades de pastejo moderadas, nas quais as proporções de desfolha não ultrapassem 50% da altura total, o material colhido será composto por pequenas quantidades de colmos, já que até 90% dessa fração está contida em estratos com até 50% da altura de entrada, independente da planta ou da altura de entrada. Quando a severidade de pastejo imposta ultrapassa essa referência, o material colhido passa a ser constituído por quantidades cada vez maiores de colmos, reduzindo assim sua qualidade. Porém, esse padrão de resposta parece ser menos importante se alta severidade estiver associada a uma alta frequência de utilização, provavelmente em função da grande concentração de colmos jovens e tenros presentes nesses pastos (Tabela 2 e Tabela 3).

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Sendo assim, os dados acima indicam que, em severidades moderadas (50%), a frequência de pastejo não altera a composição morfológica e química da forragem ingerida. Ao se optar por altas severidades de pastejo (70%), a frequência de desfolha, obrigatoriamente, deveria ser maior, pois em baixas frequências há uma abrupta redução na qualidade do material ingerido.

Nesse sentido, um estudo recente avaliou o efeito da combinação de duas frequências (90 e 120cm de altura do dossel) e duas severidades (remoção de 50 ou 70% da altura total) de desfolhação, nos atributos produtivos e nutricionais de pastos de capim-elefante cv. Pioneiro (Pennisetum purpureum Schum). Os pesquisadores concluiram que, em severidades moderadas (50%), a frequência de pastejo não alterou a composição química, e que em altas severidades (70%), longos intervalos de rebrota comprometem a qualidade da forragem (Tabela 2). Cabe ressaltar que a altura utilizada, de 90cm, foi embasada em trabalhos prévios com capim-elefante cv. Cameroon, nos quais o dossel forrageiro interceptava 95% da luminosidade incidente com 1m de altura, e com capim-mombaça, no qual os 95% de IL eram alcançados com 90cm de altura.

Outro estudo avaliou o efeito de dois intervalos de corte (95% IL e 26 dias) em capim-elefante cv. Cameroon (Pennisetum purpureum Schum.) na produção de vacas leiteiras. Não foram encontradas diferenças no rendimento por animal, o que pode estar ligado à composição química da forragem oferecida que, apesar de diferir estatisticamente, não é capaz de justificar variações na produção por animal. Todavia, o intervalo entre pastejos de 95% de IL proporcionou maiores lotações, resultando em maiores produções por área (Tabela 4).

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Portanto, ao trabalharmos com proporções moderadas de desfolha, a frequência passaria a ter caráter relativo no condicionamento de alterações na composição química da forragem ingerida, pois essa só passaria a determinar negativamente a qualidade da forragem se estiver associada a altas severidades de pastejo (Tabela 2). Essa alteração se deve à grande concentração de colmos no estrato pastejável desses tratamentos (Tabela 3).

 

Qualidade da gordura do leite: como o manejo do pasto pode alterá-la?

Nas últimas décadas, vários estudos observaram que dietas com altos teores de gordura saturada e colesterol estão relacionadas à elevação dos riscos de doenças cardiovasculares. Essas informações, divulgadas pela mídia, induzem a sociedade a preocupar-se cada vez mais em reduzir o consumo dos produtos de origem animal, como leite, carne e ovos. No entanto, pesquisas recentes sugerem que alguns tipos de gorduras presentes nesses alimentos possuem efeitos benéficos à saúde humana.

A gordura é formada por moléculas de ácidos graxos que são constituídos basicamente por ácido carboxílico e átomos de carbono. O uso de abreviações expõe algumas informações importantes sobre esses ácidos graxos, como o número de carbonos e de duplas ligações (Figura 4).

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Os ácidos graxos poliinsaturados (AGP), como o C18:2 e C18:3, constituem a maioria dos ácidos graxos presentes nas forrageiras. Alguns isômeros do ácido graxo C18:2 (ácido linoléico), conhecido como ácido linoléico conjugado (CLA), quando transferidos para o leite e carne de ruminantes possuem propriedades que auxiliam no combate ao câncer, na redução de aterosclerose, obesidade, diabete e osteoporose.

O leite e a carne de ruminantes são fontes predominantes de CLA para a dieta humana, e o seu incremento nesses produtos está principalmente relacionado à incompleta bio-hidrogenação dos ácidos graxos C18:2 e C18:3 provenientes da dieta animal. A utilização de pastagem como fonte principal ou exclusiva na alimentação animal constitui uma fonte sustentável desses ácidos graxos poliinsaturados.

O perfil de gordura na forragem pode ser influenciado pela espécie forrageira, cultivar, estágio de maturidade, proporção de folhas, adubação nitrogenada, intensidade luminosa, temperatura, ensilagem e fenação. As forragens de clima temperado possuem elevadas quantidades C18:3 e C18:2, podendo totalizar mais de 70% dos ácidos graxos, enquanto as gramíneas de clima tropical, possuem teores mais baixos, próximos a 50%. Estudos recentes têm mostrado variações nas concentrações de ácidos graxos poliinsaturados em diferentes espécies de forragem de clima temperado (Tabela 5).

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No entanto, existem poucos trabalhos sobre a composição de ácidos graxos em forrageiras tropicais e não há relatos de como o manejo da pastagem pode modificar o perfil de gordura na planta. Na carência dessas informações, foi conduzido um experimento de mestrado, com o objetivo de quantificar o perfil de ácidos graxos em pastos de capim-elefante, submetidos a quatro tratamentos: 90 e 120 cm de altura de entrada, combinadas com duas proporções de rebaixamento: 50 e 70%. Além disso, o estrato acima do resíduo foi dividido em duas partes, definindo dois estratos de pastejo: 1 e 2. O autor observou que a metade superior do estrato pastejável (estrato 1) de capim-elefante cv. Pioneiro apresentou uma maior disponibilidade de C18:3, quando comparado à metade inferior do estrato pastejável (estrato 2) (Figura 5), independente do tratamento. Desse modo, um acúmulo de CLA no leite e/ou na carne de ruminantes, em dietas baseadas em pastagens, pode ser alcançado pelo consumo do estrato superior por animais de maior exigência nutricional, como vacas em lactação. Já o estrato inferior poderia ser disponibilizado aos animais de menor exigência, como novilhas, por exemplo.

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O fato do estrato superior conter um maior teor de C18:3 está possivelmente relacionado à sua maior proporção de folhas jovens. Assim, manejos que proporcionem uma maior quantidade de folhas (maior relação folha:colmo), como menores intervalos de rebrota, poderiam resultar em um incremento de CLA no leite. No entanto, deve ser validada essa hipótese, uma vez que a incorporação desses ácidos graxos no leite depende de alguns processos ligados ao metabolismo animal.

Outro manejo que pode ser utilizado para aumentar as concentrações de AGP na forragem é a adubação nitrogenada. A maior adubação nitrogenada, em pastagem com menor intervalo de rebrota, resulta em uma maior proporção de C18:3, quando comparada a uma adubação em pastagem com maior intervalo de rebrota.

Um dos entraves para a produção de alimentos de melhor qualidade no Brasil são os programas de pagamento por qualidade. Essa dificuldade se deve ao fato da maioria desses programas incluírem volume, higiene, manejo e sanidade como critérios de bonificação, mas excluírem a qualidade intrínseca ao produto, como teores de proteína, gordura e lactose. Como a  gordura e a proteína representam os componentes de maior interesse econômico para os laticínios, o sistema de pagamento também deveria utilizar esses parâmetros para remunerar adequadamente os produtores. Apesar dos países mais desenvolvidos realizarem isso há mais de duas décadas, somente há poucos anos algumas empresas brasileiras aderiram ao programa. Desse modo, a melhoria na qualidade da gordura, ou de qualquer outro componente do leite, deve visar à sustentabilidade econômica da atividade, pois sem uma perspectiva de aumento de lucratividade, o avanço da qualidade é muito limitado.

Desse modo, a determinação das concentrações dos ácidos graxos poliinsaturados em pastos tropicais, e de que maneira o manejo do pasto pode afetar essa concentração, é de grande importância para maximizar os teores de CLA nos produtos de origem animal. Com a escolha da forragem e do manejo adequado, associado a uma remuneração por qualidade do leite, será possível traçar estratégias de manejo de pastos, objetivando a melhoria da qualidade de produtos lácteos e cárneos em benefício da saúde humana.

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