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MICOTOXINAS: o que há de novo?

Conheça a estratégia avançada que vai além da adsorção de micotoxinas: a biotransformação, presente no Mycofix Plus 5.0®, o único produto com ingredientes naturais que fortalece os sistemas imunológico, hepático e intestinal dos animais.

MICOTOXINAS: o que há de novo?

As micotoxinas na nutrição animal têm sido tema amplamente estudado na última década. Isso se deve não apenas ao aumento da preocupação com a saúde humana, mas também à maior compreensão e visibilidade dos prejuízos financeiros que a contaminação por micotoxinas pode causar, especialmente em relação à redução no desempenho produtivo dos animais. Nos últimos dois anos, a DSM tem se dedicado intensamente ao mercado brasileiro, com o objetivo de criar extenso painel das principais micotoxinas que acometem diversos alimentos usados na alimentação de ruminantes. Esse levantamento está sendo conduzido em várias regiões e, além disso, mais de 400 fazendas estão sendo monitoradas para avaliar o real risco para o rebanho, uma vez que as informações disponíveis geralmente são antigas, incompletas ou carecem de confiabilidade. É importante salientar que a DSM desenvolveu a pesquisa mais extensa sobre micotoxinas do mundo.
No Brasil, os dados normalmente abrangem apenas a Ração Total Mista (TMR) ou grãos e raramente incluem subprodutos e volumosos. A DSM, após a aquisição da BIOMIN, incorporou todo o conhecimento e informações sobre a prevalência de micotoxinas em nível global, tornando-se detentora do maior banco de dados do setor de nutrição. Isso também resultou em trabalho concreto de predição de contaminação, com base em safras anteriores e nas condições climáticas futuras.

Nas últimas edições do Noticiário Tortuga e também da Revista Leite Integral, foram publicados os conceitos atualizados sobre micotoxinas e as principais estratégias de prevenção, bem como os custos associados às perdas de produção. Serão aqui aprofundados os resultados das pesquisas em relação à realidade no Brasil e na América Latina.

A DSM, APÓS A AQUISIÇÃO DA BIOMIN, INCORPOROU TODO O CONHECIMENTO E INFORMAÇÕES SOBRE A PREVALÊNCIA DE MICOTOXINAS EM NÍVEL GLOBAL, TORNANDO-SE DETENTORA DO MAIOR BANCO DE DADOS DO SETOR DE NUTRIÇÃO

Adicionalmente, será discutida a complexidade da avaliação de risco, a qual abrange a consideração de diversos fatores, tais como o local de atuação (rúmen/ intestino), a carga de contaminação e a saúde dos animais, entre outros aspectos.

Impactos no metabolismo do rúmen 

A preocupação em relação às micotoxinas aumenta ao se observar que sua ocorrência raramente é isolada e pode resultar em efeitos sinérgicos ou adicionais. Existem grupos de bactérias ruminais com a capacidade de degradar algumas micotoxinas, como os tricotecenos (família de micotoxinas produzida por Fusarium spp., incluindo deoxinivalenol (DON) e T2, entre outras). No entanto, o alto consumo de dieta aumenta a taxa de passagem, reduzindo o tempo disponível para a detoxificação no rúmen e, consequentemente, diminuindo a degradação das micotoxinas.

Além disso, animais mais produtivos frequentemente consomem dietas mais desafiadoras, caracterizadas por maior teor de energia, o que pode resultar em redução do pH ruminal, alterações na microbiota e, ainda, redução na detoxificação ruminal. Portanto, torna-se evidente que a ocorrência de micotoxicose (termo usado para descrever a doença resultante da ingestão de alimentos contaminados por micotoxinas) não depende apenas do nível de contaminação da dieta, mas também de outros fatores, como consumo e tipo de dieta, tipos de micotoxinas presentes e suas interações.

Impactos no intestino 

Além de causarem impactos negativos no metabolismo ruminal e na população bacteriana, as micotoxinas ainda podem afetar o intestino. Pela primeira vez, foi utilizado modelo in vitro com intestino de bezerras como referência para avaliar os efeitos de toxinas fusáricas, como DON, nivalenol (NIV), fumonisina (FB1) e eniatina B (ENNB), devido à sua relevância, já que são frequentemente encontradas em silagens de milho.

Conforme demonstrado na Figura 1, todas as micotoxinas provocam a morte ou desativação das células intestinais, resultando em intestino hemorrágico ou aumento da permeabilidade intestinal (leaky gut). Isso aumenta a possibilidade de que micotoxinas, outras substâncias e bactérias gram-negativas possam atingir a corrente sanguínea, desencadeando infecções sistêmicas, perda de produtividade e, em casos extremos, morte. É importante destacar que essa situação é ainda mais agravada pelo estresse térmico, comum em regiões tropicais.

 

Os valores identificados como capazes de reduzir a atividade metabólica dos enterócitos a níveis preocupantes (mais de 25% de redução da atividade) foram os seguintes: 172 PPB para DON, 138 PPB para NIV, 3.383 PPB para FB1 e 1.500 PPB para ENNB. Esses valores muitas vezes estão consideravelmente abaixo das recomendações de segurança frequentemente citadas na literatura.

Prevalência de micotoxinas no Brasil 

A seguir, apresentam-se os principais resultados do Painel de Micotoxinas até janeiro de 2023. Em que: Afla = aflatoxina, ZEN = zearalenona, DON = deoxinivalenol, FUM = fumonisina, OTA = ocratoxina.

Milho em grão 

Destaca-se a significativa presença de quase todas as micotoxinas, com ênfase especial de DON e FUM.

 

Sorgo em grão 

É importante ressaltar a presença proeminente de DON. 

 

Trigo em grão 

É relevante destacar a presença de DON, ZEN e FUM.

 

Farelo de soja 

É importante destacar a presença significativa de ZEN. 

 

Pré-secado 

Destaque para a presença de ZEN 



Feno 

Atenção para a presença de ZEN. 

 

Silagem de milho 

Destaque para a presença de FUM.

 

Produção de micotoxinas no pré e pós-colheita 

Os fungos têm a capacidade de produzir micotoxinas (metabólitos secundários) tanto no momento pré-colheita quanto após a colheita e armazenamento (Figura 2). É importante observar que a produção de micotoxinas geralmente ocorre em períodos em que os fungos estão sob estresse, e a presença de fungos nem sempre implica na presença de micotoxinas em níveis relevantes, e vice-versa.

 

Com base em dados globais e, em particular, em dados da América Latina, é perceptível que as micotoxinas mais comuns frequentemente estão presentes na pré-colheita (Figura 3). Isso está diretamente relacionado às práticas agrícolas, como condições de umidade ou seca excessivas, variações de temperatura, danos causados por insetos sugadores e perfuradores, e exposição da matéria vegetal do solo (por exemplo, em sistemas de plantio direto), entre outros fatores. Embora os cuidados pós-colheita também sejam importantes, uma vez que o produto tenha sido colhido, torna-se praticamente impossível removê-las do alimento.

 

Estratégias para combater a micotoxicose

1. Testagem precoce e frequente: é fundamental conhecer a carga de contaminação dos alimentos. A frequência dos testes pode variar de acordo com o número de animais e as situações de risco em cada fazenda. Priorize a amostragem de alimentos com maior inclusão na matéria seca final e aqueles com maior umidade ou potencial de risco;

2. Adsorção e desativação: após a análise, nutricionistas, técnicos e produtores devem confirmar o nível de contaminação e outros indicadores de diagnóstico. Em seguida, é necessário recorrer a soluções capazes de combater multimicotoxinas. Atualmente, a abordagem mais avançada e completa é a biotransformação, que combina adsorção e proteção hepática. Em casos mais graves, considerar a redução ou remoção do alimento contaminado também pode ser opção viável;

3. Suporte à saúde: é fundamental manter dietas equilibradas em termos de fibra e amido, além de utilizar aditivos que promovam a saúde ruminal e intestinal, como probióticos, prebióticos, aditivos fitogênicos e tamponantes, entre outros.

Estratégia avançada 

Para combater as micotoxinas, surgiram há décadas os adsorventes. Os mais comuns no mercado são os adsorventes de micotoxinas inorgânicos, como minerais, as argilas organofílicas (por exemplo, alumínio silicato e bentonita) e os adsorventes orgânicos, que consistem nas paredes de leveduras. No entanto, diversos testes in vitro revelaram que esses adsorventes tradicionais têm boa eficácia contra a AFLA, mas apresentam eficácia reduzida contra outras micotoxinas igualmente importantes, como DON, ZEN e FUM.

Por essa razão, a biotransformação é atualmente considerada a abordagem mais eficaz e completa para mitigar o risco de micotoxinas em dietas de animais de produção. A DSM é a pioneira nessa tecnologia e a BIOMIN desenvolveu o método de biotransformação que combina enzimas específicas e componentes biológicos para converter micotoxinas em metabólitos não tóxicos. Essa combinação inclui a enzima Biomin® BBSH 797, que inativa tricotecenos (como DON e T2), a levedura Biomin® MTV, que produz enzimas específicas para desintoxicar a ZEA no trato intestinal dos animais, e a enzima FUMzyme®, que é específica para a inativação de FUM.

Como parte da estratégia de bioproteção, a BIOMIN desenvolveu um mix de ingredientes naturais que oferece suporte ao sistema imunológico e hepático, além de auxiliar a barreira intestinal a neutralizar os efeitos negativos das micotoxinas. Todos esses ingredientes foram combinados em um único produto chamado Mycofix Plus 5.0®, com eficácia comprovada por meio de testes laboratoriais realizados em renomados centros científicos mundiais.

COMO PARTE DA ESTRATÉGIA DE BIOPROTEÇÃO, A BIOMIN DESENVOLVEU UM MIX DE INGREDIENTES NATURAIS QUE OFERECE SUPORTE AO SISTEMA IMUNOLÓGICO E HEPÁTICO, ALÉM DE AUXILIAR A BARREIRA INTESTINAL A NEUTRALIZAR OS EFEITOS NEGATIVOS DAS MICOTOXINAS





MARCELO GROSSI MACHADO - Gerente Técnico Gado de Leite DSM Latam
IGNACIO ARTAVIA - Gerente Global de Produtos Mycofix
CRISTINA CORTINHAS - Supervisora de Inovação e Pesquisa Aplicada DSM


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