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Sanidade

MICOTOXINAS: riscos e mitigação comprovada no Brasil

As micotoxinas representam riscos significativos para a pecuária, uma vez que estão presentes em pelo menos 80% dos alimentos consumidos globalmente (Eskola et al., 2020). Podem ser definidas como metabólitos secundários produzidos por diversos fungos, capazes de causar imunossupressão, aumentar a prevalência de várias doenças, reduzir a eficiência produtiva e gerar problemas reprodutivos. Para a pecuária leiteira, as micotoxinas de maior relevância são: deoxinivalenol (DON), fumonisina (FUM), aflatoxina (AFLA), zearalenona(ZEN), toxina T2.

MICOTOXINAS: riscos e mitigação comprovada no Brasil

Risco à saúde animal 

Análises de dados recentes do levantamento mundial revelam que 55% dos alimentos destinados à alimentação animal estão contaminados por micotoxinas que representam riscos à saúde e produtividade dos animais na América do Sul (DSM World Mycotoxin Survey; Figura 1). 

 Figura 1. Prevalência da contaminação por diferentes tipos de micotoxinas na América do Sul (janeiro a março/2023)


Os ruminantes são capazes de realizar naturalmente o processo de degradação das micotoxinas, convertendo-as em compostos menos tóxicos por meio das bactérias ruminais. Porém, a capacidade de desintoxicação dos microrganismos ruminais é limitada e depende de vários fatores, como o nível de contaminação na dieta, os tipos de micotoxinas presentes, a quantidade de dieta consumida e a composição dessa dieta. O alto consumo acelera a taxa de passagem, o que reduz o tempo disponível para a detoxificação ocorrer no rúmen. Dietas com maior teor energético podem diminuir o pH ruminal, alterar a microbiota e reduzir a eficiência da detoxificação no rúmen.

Como mitigar? 

A dieta das vacas é frequentemente contaminada não apenas por uma, mas por várias micotoxinas, o que pode potencializar os danos à saúde e produtividade do animal. A exposição prolongada a multi-micotoxinas, mesmo em baixas doses, pode levar a uma condição chamada micotoxicose. Essa condição inespecífica pode afetar o funcionamento do rúmen e do fígado, causar efeitos imunossupressores, reduzir o consumo de dieta e a produção de leite, provocar distúrbios gastrointestinais diversos, aumentar a suscetibilidade a patógenos e causar problemas reprodutivos, entre outros. A mitigação dos problemas causados pelas micotoxinas é feita por meio do uso de adsorventes e biotransformadores. 
Os adsorventes atuam por meio de um processo de adsorção, ligando-se às micotoxinas e impedindo sua absorção no intestino. Eles são classificados como: adsorventes inorgânicos (minerais), argilas organofílicas (como o alumínio silicato e a bentonita) e adsorventes orgânicos (paredes de leveduras). No entanto, os resultados in vitro indicam boa eficácia dos adsorventes contra a AFLA, mas baixa eficácia contra a DON, ZEN, T2 e FUM. Por essa razão, o desenvolvimento de tecnologias como os biotransformadores se tornou necessário.
Os biotransformadores rompem as micotoxinas e as convertem em metabólitos não tóxicos e ambientalmente seguros no trato digestivo dos animais, dando assim uma solução única para degradar as micotoxinas não absorvíveis. A DSM-Firmenich possui em seu portfólio de aditivos para ruminantes o Mycofix Plus 5.0, que é um desativador de micotoxinas composto por uma combinação de estratégias:
a) Adsorção: a única bentonita registrada pela União Europeia e pela Food and Drug Administration (FDA) devido à sua alta eficácia na adsorção das aflatoxinas.
b) Biotransformação: inclui o Biomin® BBSH 797, enzima capaz de inativar tricotecenos como DON, T2 e Nivalenol; o Biomin® MTV, levedura que produz enzimas específicas para desintoxicar a ZEN no trato intestinal dos animais; e a FUMzyme®, a primeira enzima específica para inativar a micotoxina FUM.
c) Bioproteção: além disso, o produto contém potente mistura de ingredientes naturais que oferecem suporte às junções epiteliais do intestino, ao sistema imunológico e ao sistema hepático.

 Resultados comprovados 

Com o objetivo de avaliar a eficácia do Mycofix Plus 5.0 frente a contaminação por multi-micotoxinas encontradas comumente em fazendas leiteiras, a DSMFirmenich desenvolveu um projeto de pesquisa em parceria com os grupos de pesquisa dos professores da USP, Carlos Humberto Corassin, especialista em micotoxinas, e Francisco Palma Rennó, especialista em nutrição animal. Esse foi um projeto extremamente inovador e pioneiro, uma vez que as tecnologias analíticas para a medição de micotoxinas no leite ainda não haviam alcançado a área da ciência animal. No entanto, com a expertise do Professor Corassim na saúde humana, foi possível comprovar a eficácia da degradação de micotoxinas de uma nova maneira. No estudo, vacas da raça Holandês com produção média de 36 kg receberam diferentes dietas durante 21 dias. Foram utilizadas: dieta base sem adição de aditivos, dieta com adição do adsorvente alumínio silicato comercial, com adição do Mycofix Plus 5.0 na dose de 15g e dieta com adição do Mycofix Plus 5.0 na dose de 30g por dia. Durante o período experimental de 7 dias (do dia 14 ao 21), todas as vacas foram experimentalmente contaminadas com as micotoxinas AFLA, DON, ZEN, T2 e FUM, em concentrações comumente encontradas nas dietas de vacas leiteiras. 

A DSM-FIRMENICH POSSUI EM SEU PORTFÓLIO DE ADITIVOS PARA RUMINANTES O MYCOFIX PLUS 5.0, QUE POSSUI BIOTRANSFORMADOR DE MICOTOXINAS COMPOSTO POR UMA COMBINAÇÃO DE ENZIMAS ESPECÍFICAS E COMPONENTES BIOLÓGICOS.

Foram realizadas avaliações das micotoxinas no leite, na urina e no sangue. Conclui-se que o Mycofix Plus 5.0, nas duas doses testadas, foi efetivo na redução das micotoxinas AFLA, DON, ZEN, T2 e FUM, enquanto o alumínio silicato reduziu apenas a AFLA. No leite, a aflatoxina foi reduzida abaixo dos níveis permitidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) somente com o uso do Mycofix 5.0 (Fonseca et al., 2023; Figura 2).
Os resultados desse estudo comprovam que os microrganismos presentes no rúmen possuem capacidade muito limitada na degradação das micotoxinas. Além disso, foi observado que o alumínio silicato atua parcialmente contra as aflatoxinas (reduzindo 40% da concentração de AfB1 no leite, o que não foi sufi ciente para alcançar o limite máximo que estabelece a lei brasileira: 0,5 µg/mL), porém não é efi caz na redução de outras micotoxinas relevantes para a pecuária leiteira, como DON, ZEN, FUM e T2, as quais não mudaram na sua concentração, o que quer dizer que a estratégia da adsorção não funciona para elas.
Além disso, foi observado que o alumínio silicato atua parcialmente contra as aflatoxinas (reduzindo 40% da concentração de AfB1 no leite, o que não foi sufi ciente para alcançar o limite máximo que estabelece a lei brasileira: 0,5 µg/mL), porém não é eficaz na redução de outras micotoxinas relevantes para a pecuária leiteira, como DON, ZEN, FUM e T2, as quais não mudaram na sua concentração, o que quer dizer que a estratégia da adsorção não funciona para elas.

 

 

Ampla proteção 

Para garantir ampla proteção ao rebanho leiteiro, é importante utilizar aditivos completos, como o Mycofix Plus 5.0. Esse aditivo é capaz de inativar as micotoxinas antes que elas possam causar danos à saúde e produtividade dos animais.
O Mycofix Plus 5.0 foi desenvolvido e testado especificamente para desativar e proteger contra as micotoxinas. Seu uso resulta na degradação das micotoxinas, como comprovado pela ausência de detecção dessas substâncias nas análises das amostras de leite. Dessa forma, o produto assegura a saúde dos animais, bem como a expressão de sua capacidade produtiva e reprodutiva. Além disso, o Mycofix Plus 5.0 é uma opção economicamente viável para garantir a rentabilidade na atividade pecuária.




Referências
Fonseca et al., 2023. Effect of anti-mycotoxin feed additives on the reduction of mycotoxins in milk and urine of dairy cows fed multi-mycotoxin contaminated diets. In: ADSA Annual Meeting, 2023. Eskola et al., 2020. Worldwide contamination of food-crops with mycotoxins: Validity of the widely cited ‘FAO estimate’of 25%. Critical reviews in food science and nutrition, 60(16), pp.2773-2789.


CRISTINA CORTINHAS - Supervisora de Inovação e Ciência Aplicada DSM-Firmenich
CARLOS HUMBERTO CORASSIN - Professor FZEA / USP


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